Uma pergunta feita por muitos na cidade de Patos, afinal, com quem está o prefeito interino de Patos, Bonifácio Rocha (PPS) nas eleições 2018?

É tema nas rodas de conversa, nas redes sociais e até na imprensa patoense o apoio explícito do gestor. Uma pergunta meio óbvia se fôssemos ver meramente com os olhos da sua legenda, o PPS, é o certo, o esperado. Contudo, a política é uma ciência, mas não é exata como a matemática. Se analisarmos os fatos e as ações do seu governo talvez o norte seja outro, daquele da objetividade.

Faz pouco mais de 20 dias de sua posse, em vista do afastamento do prefeito Dinaldinho, no entanto a cara do governo, ou melhor, das pessoas que trabalham na prefeitura pouco tem mudado, por quê? Quando perguntado sobre essa questão, Bonifácio disse que vai mudar aos poucos e paulatinamente. Por um lado ele pode estar certo, mas seus aliados estranham tal comportamento.

Bonifácio mudou poucas peças do seu secretariado, outros inverteram funções. No entanto nada substancial.

Porém, a última mudança, que surpreendeu a muitos, foi justamente a convocação da vereadora Edjane Araújo (PRTB) para assumir a Secretaria de Desenvolvimento Social, quem assumiu sua cadeira foi o suplente Paulinho Lacerda (PV), que é do mesmo partido de Gustavo Wanderley, o irmão do prefeito afastado, pode ser coincidência? Ou não? Para os "aliados" de Bonifácio tal qual, o presidente do partido em nível de Estado, Nonato Bandeira e o médico Érico Djan, já acenderam a Luz amarela, isso porque a vereadora Edjane é muito próxima do grupo do prefeito afastado, Dinaldinho.

O que mais causou estranheza é porque em um ano e sete meses, Dinaldinho não convocou nenhum vereador de sua base para assumir uma secretaria.

Após a sua posse Edjane deu uma declaração surpreendente, ao afirmar que a gestão de Bonifácio é uma sequência da que vinha fazendo o prefeito afastado. “A gestão do prefeito Bonifácio é a continuidade do prefeito Dinaldinho, ele é o vice, lógico que hoje ele é o prefeito e ele está imprimindo a sua forma de administrar”, disse Edjane.

Na mesma entrevista, Edjane garantiu que Dinaldinho continua fazendo a gestão em Patos ao usar o verbo no presente. “Ele (Dinaldinho) fez e faz uma grande gestão”. Ou a secretária se expressou mal ou sabe muito dos bastidores da política, diferente de grande parte da população de Patos.

Verdade seja dita: não houve nenhuma declaração oficial do prefeito interino nesse sentido, que ia apoiar A ou B. No entanto, suas atitudes junto com as declarações de Edjane evidência qual o norte que sua gestão pode tomar, haja vista que manteve a base do secretariado do prefeito afastado e ainda colocou a vereadora de confiança de Dinaldinho para ser Secretária.

Esse comportamento de Bonifácio tem deixando as orelhas e os cabelos em pé da turma do seu partido, PPS. Bonifácio disse inclusive na última entrevista na Rádio Espinharas, no sábado 25, que não ia beneficiar ninguém do seu partido e nem de outro, contudo está beneficiando os "adversários", é o que entende seus correligionários. O certo é não beneficiar ninguém, pois a prefeitura não tem partido sua prerrogativa efetiva é cuidar das demandas do cidadão patoense.

Será que existe algum ‘acordo’ entre os aliados de chapa, Dinaldinho e Bonifácio, pensando já em 2020? Se há, é para beneficiar a quem? É o que a cidade Patos quer saber.

O prefeito interino Bonifácio Rocha (PPS) é dito como um homem de bem na cidade, é reconhecido por sua lealdade e coerência aos seus princípios. Será que ele vai mudar depois que chegou ao Palácio Clóvis Sátiro?

Por Jordan Bezerra