Na tarde desta terça-feira, dia 28 de junho, houve uma reunião com dez representantes dos clubes da segunda divisão do Conselho Arbitral para o Campeonato Paraibano 2022. A grande surpresa foi a ausência de representantes do Esporte Clube de Patos, o mais antigo clube do sertão paraibano, e um dos mais antigos do Nordeste, visto que dia 7 de julho de 2022 a equipe do terror do sertão, o patinho mais querido do Brasil completará 70 anos de fundação. A pergunta é torcedores alvirrubro: Temos algo a comemorar? 

 

O Blog do Jordan Bezerra tentou contato com o presidente do clube, Dário Leitão, qual respeitamos a família Leitão pelos serviços prestados à torcida e ao clube do Esporte Clube de Patos, mas que muito precisa se explicar, como vale lembrar o campeonato perdido pelo clube no “tapetão”, sendo rebaixado por um erro tido como amador, um erro grosseiro, sem qualquer movimentação da presidência, na época do gestor Davi Leitão. 

Eu, jornalista Jordan Bezerra, antes de ser jornalista fui jogador de futebol amador, e fui também presidente de clube, fui roupeiro, de tudo um pouco, e comandei por mais ou menos 15 anos, participando de campeonatos amadores, inclusive campeonatos com arbitragem da Liga Patoense de Futebol, e nunca o time que eu representei, o Loreto Futebol Clube, o Lameirão Futebol Clube, foi punido por escalar um jogador irregular, pois pasmem os senhores, o Esporte Clube foi rebaixado utilizando-se desse argumento, por escalar um jogador irregular naquele campeonato, salve engano em 2018.

Hoje, a equipe pena, por condições financeiras, falta de apoio do governo estadual, falta também, em parte, ajuda do poder municipal. Tudo para o Esporte Clube de Patos é muito mais complicado. A maioria dos empresários, médicos e advogados são torcedores do Nacional de Patos, nada contra, porém no tempo em que se é para ajudar, o torcedor do Esporte, do patinho, é representado pelo povão, com posses naturalmente menores. No ramo do jornalismo, eu conversava hoje com o ex-dirigente do clube e jornalista reconhecido, Misael Nóbrega, e nós contamos quatro ou cinco jornalistas que são abertamente torcedores do clube, ou seja, jornalistas que cabem em um fusca, diferentemente do que ocorre com a equipe do Nacional, mas nem por isso iremos deixar o Esporte acabar, nem por isso vamos deixar o Esporte sucumbir nessa inércia de jogo, nessa inércia de campeonatos. Um time que não participa de competições irá se acabar. 

Como as novas gerações torcerão para o clube, se não ver o time jogar, se não ver o time ganhar, vendo o time representar a cidade fora de seus territórios? Tudo isso tem que ser visto, revisto, e urgentemente debatido. Eu repito, o Esporte no dia 7 de julho completa 70 anos de história e tradição, nesses anos, muito mais sofrimentos do que glórias, mas nem por isso seus torcedores o abandonarão. Eu conclamo a torcida do Esporte Clube de Patos, não só da cidade, mas também das regiões vizinhas, nós não podemos deixar o Esporte acabar, e aqueles que defendem a tese de unir o Esporte e o Nacional, surgindo assim um só clube da cidade de Patos, eu sou veementemente contra essa decisão, e no dia que isso vier a acontecer, eu simplesmente não serei um torcedor dessa união. O município de Cajazeiras possui metade da população de Patos, Sousa possui um pouco mais que a metade, e ambas têm clubes municipais bastante organizados. Então, por que Patos não pode ter dois clubes? Quem ditou essa declaração? Uma cidade que apresenta mais de 110 mil habitantes, à fora mais de 50 municípios que são polarizados pela cidade, e que sentem-se torcedores de ambas as equipes locais. O saudoso Edileuson Franco, grande torcedor do Esporte e grande radialista já dizia há mais de 30 anos que os clubes de Patos precisam de amparo profissional, profissionalismo em gestão, e realmente é o que se está vendo, sobretudo com relação ao Esporte.

Algo tem que ser feito, a diretoria do Esporte não pode se furtar de dar essa explicação, sobretudo ao torcedor do Esporte. O espaço fica aberto para a atual diretoria do clube manifestar-se, pois é inadmissível a equipe não participar do campeonato da segunda divisão do paraibano e ser punido para uma terceira divisão, que até a pouco não existia na Paraíba.

Por  Jordan Bezerra