31/10/2018 - 21:48 - Opinião
Jornalista Jordan Bezerra
A cidade de Patos optou por uma nova força política no pleito de 2018. Me refiro ao jovem médico Érico Djan (PPS), que mesmo enfrentando duas famílias tradicionais da política patoense, como os Motta e os Wanderley, sobressaiu com maestria nas eleições do dia 07 de outubro, pois foi majoritário nas urnas da Morada do Sol, na corrida por uma vaga na Assembleia Legislativa da Paraíba, com uma expressiva votação de 14.626 mil votos, o que corresponde a 31,47% da votação de Patos, contra 12.200 mil, ou seja, 26,25% do deputado estadual Nabor (PRB). Já Gustavo Wanderley (PV), que é irmão do prefeito afastado de Patos, Dinaldinho, ficou em terceiro lugar com 4.111 mil votos, ou seja, 8,84%.
No pleito municipal de 2016, Dr. Érico já era cotado para ser a terceira via de Patos para concorrer à cadeira de prefeito do Palácio Clóvis Sátiro, mas na época não teve apoio do seu partido, o PSB, que preferiu formar uma aliança com o deputado estadual e ex-prefeito, Naborzinho e, o partido do governador Ricardo Coutinho indicou o vice na chapa, o conceituado advogado e presidente municipal do PSB, José Lacerda Brasileiro.
Sem o apoio desejado para o pleito, Dr. Érico preferiu então apoiar o também médico Dinaldinho Wanderley (PSDB), que venceu o pleito com uma maioria de 5.100 mil votos sobre Nabor. Alguns analistas políticos de Patos creditaram a vitória maiúscula de Dinaldinho graças ao apoio decisivo de Dr. Érico. Contudo, três meses após assumir o poder, Dinaldinho e Érico romperam politicamente e os dois tomaram rumos distintos. Segundo Djan, por não comungar com os rumos que vinha tomando a administração de Dinaldinho e que ele também não lhe dera ouvindo, preferiu sair à francesa.
De lá para cá um grupo de amigos e parentes fomentaram o nome do doutor para disputar uma vaga na Assembleia em 2018, o médico topou já em outro partido, do jornalista Nonato Bandeira o PPS. Contudo Érico tinha esperança de vencer, pois apresentava alguns predicados que lhe fora essencial para êxito na campanha, o primeiro foi o nome honesto e leve, porque quase não existia rejeição da sua pessoa na cidade e, sobretudo, contou com o sentimento forte dos patoenses por quererem uma renovação na politica local, facilitando muito sua caminhada, muito embora lhe faltasse duas coisas primordiais para o sucesso nas urnas. Ele dispunha apenas de poucas cidades lhe apoiando e, ainda, elas eram de baixa densidade eleitoral para uma campanha estadual. Entretanto esses redutos foram de grande valia para sua vitória. Nesses municípios da grande Patos, quem o apoio foram no máximo vereadores, ex-vereadores e outros cabos eleitorais. O segundo grande entrave para realização do sonho de Érico de chegar à Assembleia era o fator financeiro por demais limitado na sua campanha, muitos afirmaram que vencer uma campanha estadual sem dinheiro ou seria por meio de um ‘milagre’ ou era uma ‘utopia’. O fato é que o homem venceu com ajuda de Deus e do povo, e hoje é deputado estadual com a marca atingida de 20.327 mil de votos.
Os aliados de RC, Dr. Érico, Nabor, Mineral, Bonifácio, Lenildo, entre outros, deram a maior vitória de todos os tempos ao candidato ao governo, João Azevedo. Sobre Maranhão, a diferença foi de 20.315 mil votos, algo que naturalmente credencia os dois eleitos por Patos, junto ao futuro governador.
A pergunta agora que não quer calar nas rodas de conversa da Capital do Sertão é: qual será o tratamento destinado do govenador João para os dois deputados eleitos por Patos, Nabor e Érico, no que tange à divisão dos empregos na esfera estadual no município? João será justo com ambos? Só em janeiro de 2019 saberemos responder tal questionamento.
Por Jordan Bezerra
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