29/11/2018 - 09:48 - Opinião
Paulo Duarte
Vivemos em uma época em que os laços afetivos encontram-se em decadência e que não existe segurança alguma em qualquer relacionamento. A partir do pensamento do eminente Sociólogo Zygmunt Bauman constatamos a triste compreensão de que o conceito de amor não passa de uma ilusão. Para este autor o amor é comparado ao gelo fino e “Quando se esquia sobre o gelo fino, a salvação está na velocidade”.
Todo relacionamento é visto como uma camada de gelo fino, em que a qualquer momento pode se quebrar, e quanto mais rápido se libertar de relacionamentos menos risco correrá.
O amor, nessa perspectiva, é um jogo de interesses e a paixão não passa de uma armadilha da natureza.
Para Bauman, em uma sociedade evoluída os relacionamentos deveriam ser de curto prazo. Mas,vivemos em uma sociedade ainda escravocrata, em que a maioria dos homens além de não saber tocar no corpo de uma mulher,trata como se fosse uma propriedade e objeto de desejos sexuais.
A mulher não pode ser aprisionada mesmo sendo comprometida, e se por ventura ela desejar possuir vários namorados, que assim seja, e vice-versa. Nesse caso, um relacionamento aberto seria mais produtivo do que um relacionamento fechado e egoísta.
A sociedade está mudando com advento das tecnologias.“A modernidade líquida em que vivemos traz consigo uma misteriosa fragilidade dos laços humanos”, assim nos afirma Bauman.Segundo pesquisas, as redes sociais podem ser vistas como as responsáveis pela destruição de laços afetivos e de relacionamentos.
Para o sociólogo, muitas pessoas estão procurando se relacionar virtualmente devido a forma mais segura e mais fácil de romper um relacionamento. No mundo virtual, os relacionamentos não são marcados por tanto compromisso.
Por Paulo Duarte
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