08/05/2019 - 14:37 - Opinião
Imagem: Internet
As redes sociais ganharam uma dimensão de proporções sem fim, quando da divulgação da cena cotidiana.
Nada parece escapar aos flashs desses pauteiros/atores da (in) realidade, que através dos aplicativos divulgam os acontecimentos comezinhos e de si mesmos.
Há que se considerar a evolução tecnológica que associada à essa nova cultura de convergência (crossmidia e transmidia), cria uma legião de cidadãos-repórteres e influenciadores digitais.
A espetacularização do Eu/self acontece antes mesmo do café da manhã. E tudo é descartável, pois as novidades se sucedem à atualização das páginas.
A relação velocidade versus conteúdo não predispõe uma seleção, visto que o barato é consumir, para não perder a vibe. E haja emojis; #partiufesta; o “foratudo”; a fotinha na academia; o gif pornô, a corrente religiosa; o “tem blitz?”; stories e mais stories...
Nada escapa sem a devida providência do registro, quer seja: humor ou tragédia. O foda (Ops!) é que ninguém mais sabe o que é verdade.
Não há razão de apurar o que houve já que a motivação é mesmo "quebrar a internet". Quanto mais acessos mais populares ficam os propagadores do absurdo-Pinóquio. E nós somos uma fake news. Lembram o slogan: Aconteceu virou manchete? Hoje é: "Posta no feed, vai que viraliza".
Outra figurinha ambientada na internet é o falso moralista, vez por outra é pego compartilhando nudes e fotos sem noção. De repente, uma mulher gostosa (putz); e, em seguida: - "Foi mal, grupo errado". (Você apagou esta mensagem).
O mundo é agora um big brother, sob o pretexto de conectar pessoas... - fazemos parte de todas as tribos, sem pertencer a nenhuma.
Estamos brincando de inverter valores. Escondendo-nos por trás de filtros. Essa exposição exacerbada está fazendo surgir uma geração de seres androides, feito Pac-Mans que consomem e vomitam a mesma mensagem, sem o mínimo pudor... - Aliás, pudor?
Misael Nóbrega de Sousa
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