10/05/2019 - 13:44 - Opinião
Imagem da Internet
Eu assisti vários filmes de Bang Bang no afamado gigantão do Prado, que era gerenciado por Almir "do cinema".
Atores como: Clint Eastwood, John Wayne, Charles Bronson, Yul Brynner e Steve McQueen eram minhas referências de homens durões, verdadeiros ícones de justiça e bravura.
No "velho oeste", os argumentos não existiam e os conflitos eram resolvidos na bala.
Naquele ambiente de colonização americana,mesmo os considerados "foras-da-lei" acabaram virando lendas. Quem nunca ouviu falar em Billy the Kid?
"É uma coisa e tanto, matar um homem. Tira tudo o que ele tinha e tira tudo o o que ele teria" (Os imperdoáveis- 1992).
Hoje, afastado daquele universo controverso e tão bem narrado pela indústria cinematográfica, fiquei frente a frente com um dilema:
Sacar ou não sacar a arma?
Um decreto do presidente Jair Bolsonaro, publicado nesta quarta-feira (8), facilita o porte de arma para um conjunto de profissões, como advogados, agentes de trânsito, jornalistas, guardas municipais e políticos eleitos – desde o presidente da República até os vereadores.
De repente, sou transportado para San Miguel, uma cidade mexicana que faz fronteira com os Estados Unidos, em pleno século XIX.
De chapéu de cowboy, pistolas em punho e montado à cavalo, antecipo-me a reação de meu desafeto para atirar primeiro.
A cena, que é típica de um duelo dos clássicos da telona, em breve pode ser parte de um enredo da vida real, tendo qualquer um de nós como protagonistas.
Alguém disse: "Precisamos mais de livros e menos de armas".
Não sei quanto às outras profissões, mas, eu, como Jornalísta, acredito que essa teoria é mais inteligente e bem menos violenta.
E como diria Raul Seixas:
"Durango kid só existe no gibi; e quem quiser que fique aqui, entrar pra história é com vocês".
Misael Nóbrega de Sousa
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