25/10/2019 - 22:47 - Opinião
São os quadros de Murilo; as crônicas de padre Assis; a peleja de Inácio e Romano de Teixeira; o pandeiro de Derréis; todas as bandas de músicas; os festivais de Jomaci; a casa de Miguel Sátiro; os cordéis na feira livre; a procissão dos homens; o hino da padroeira; a voz de Amaury; o violão de Emiliano; as lições de Antonieta; a beata Vitalina; Sinésio e Assis doido; Tranca-rua; Dr. Raiz; é um prato de cuscuz com bode...
Cultura bate na calha e escorre feito biqueira; faz cafuné para eu dormir; entra à noite pela brechinha da telha; é o ringido da rede; uma casa alpendrada no sítio; o torno na parede; o chapéu de palha; o doce de leite; a vaquejada; o pio da coruja; os óculos de minha avó; a rua onde nasci; os colegas de infância; é o meu primeiro beijo...
Cultura é o que eu aprendo; cultura é o que eu ensino; cultura é o que eu sinto; cultura é como eu falo; cultura é como eu me comporto; cultura é como eu me importo; cultura é a natureza modificada por minha própria natureza... - Eu produzo cultura.
As definições de cultura se tornam ordinárias... - Mesmo que antropologicamente ou sociologicamente justificadas, quando buscamos apenas as suas formas didáticas. É também impossível de ser classificada como um termo único porque cultura é conhecimento e experiência adquiridos.
Cultura somos todos nós em constante transformação: consumo, expressões, valores, linguagem, religião, culinária, leis, hábitos, música e arte. E são ainda as novas pessoas que chegam com suas diferentes escolhas: - Festejem, meninos, ignorem o velho!
Misael Nóbrega de Sousa
© Copyright 2018 - 2025 - Todos os direitos reservados - Painel de controle