01/12/2019 - 18:31 - Opinião
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A doação de órgãos é um assunto controverso, mas altruísta. É a permissão espontânea da continuação da vida em outro corpo, esperançoso pelo recomeçar e ansiosamente (im) paciente e infeliz. Religiosamente, é tratada como um ato de grandeza, pois não exige recompensa.
Gugu Liberato fez o bem artisticamente? Sim, mas as motivações eram também para impulsionar a audiência dos seus programas televisivos, todos com características sensacionalistas e de espetacularização de conteúdos irrelevantes, emocionalmente bem narrados, para provocar impacto na opinião pública.
A morte de Antônio Augusto de Moraes Liberato, esposo e pai de 3 filhos, aos sessenta anos, em decorrência de uma queda sofrida em casa, na florida (EUA), com sepultamento sucedido na sexta-feira, dia 29 de novembro, aqui no Brasil, foram acompanhados por fake news, homenagens e polêmicas.
A gafe do apresentador, menos famoso, rodrigo faro - “como tá a audiência?”, quando do especial póstumo da Record, diz o que foi Gugu Liberato: personagem que rivalizou com os concorrentes até conseguir uma carreira de reconhecimento e sucesso, sem nunca desistir de seus sonhos.
Porém, seu maior protagonismo, foi doar os órgãos vitais como a última prova de amor, em retribuição. Portanto, a mais qualificada audiência de Gugu Liberato, foi anônima. Ele pode ter sido sensacionalista a vida toda, mas foi espetacular na morte. Tem o meu respeito.
Misael Nóbrega de Sousa
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