01/09/2025 - 15:24 - Política
Veneziano diz que Cícero e Galdino foram “convidados” a sair da base e dispara sobre chapa governista: “Feita sem critérios”
O senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB) voltou a tensionar o cenário político para 2026 ao afirmar, nesta segunda-feira (1º), em entrevista à Rádio Panorâmica de Campina Grande, que o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), e o presidente da Assembleia Legislativa, Adriano Galdino (Republicanos), foram “convidados a saírem” da base governista diante da falta de espaço na chapa majoritária.
Segundo Veneziano, a articulação conduzida pelo governador João Azevêdo (PSB) teria definido previamente a composição do grupo, sem abrir espaço de diálogo com aliados de peso. “Eu acho que o Cícero, penso e constato que tanto ele como o presidente da Assembleia foram convidados a saírem dos seus atuais ambientes, porque, para o projeto de 2026, o governador e os que hoje estão a conduzir esse processo não os querem. Todas as declarações são nesse sentido. Já existe uma chapa feita sem critérios”, criticou.
A chapa a que Veneziano se refere é desenhada com o vice-governador Lucas Ribeiro (PP) assumindo o comando do Executivo estadual para disputar a reeleição, enquanto João Azevêdo deve concorrer ao Senado. Na outra vaga para o Senado, o nome apontado é o do prefeito de Patos, Nabor Wanderley (Republicanos), pai do presidente da Câmara Federal, Hugo Motta. O secretário de Infraestrutura, Deusdete Queiroga, aparece como o mais cotado para ser candidato a vice-governador.
O emedebista reforçou que tanto Cícero quanto Adriano reclamam da ausência de critérios no processo de escolha. “Cícero diz em todas as partes que não houve chamamento para que ele se sentasse à mesa e fossem estabelecidos esses critérios. Assim também se reporta Adriano. Então, de certa forma, eles foram convidados ou a ficarem aonde estão, silenciosos e convencidos de que não terão espaço nessa chapa majoritária, ou então tomar outra decisão, que é a de se desligar de seus partidos”, avaliou.
Veneziano ainda abriu a possibilidade de diálogo caso os dois rompam com as legendas atuais. “Se isso vier a acontecer, aí é que eu me sinto autorizado a dizer a Cícero ou a Adriano que estamos à disposição para conversar. Mas não posso dar um passo adiante sem que decisões dessa natureza tenham já sido firmadas”, disse.
Ele também destacou o histórico de Cícero com o MDB, partido onde iniciou sua trajetória política, e lembrou que o prefeito de João Pessoa tem demonstrado “sentimento nostálgico” em relação à legenda.
Apesar da sinalização, Veneziano frisou que a oposição não depende da adesão de lideranças hoje ligadas ao governo para viabilizar candidaturas competitivas em 2026. “Nós temos opções, como Pedro Cunha Lima, que por pouco não foi governador, a própria postulação de Efraim Filho e até de outros que podem surgir até o fim do ano. Não somos dependentes de que saiam fulano ou beltrano para termos um candidato”, concluiu.
Fonte83
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