05/03/2020 - 22:28 - Opinião
O guerreiro Aquiles, um dos mais famosos heróis da mitologia grega foi morto por Páris, durante a lendária guerra de Tróia, com uma flecha envenenada bem no calcanhar, de acordo com a versão de Estácio.
Por causa disso, a expressão “Calcanhar de Aquiles” ficou popularmente difundida quando se quer designar o ponto fraco de alguém.
Essa ideia de fraqueza e vulnerabilidade está presente nos dias atuais por meio de um equipamento chamado tornozeleira eletrônica: uma forma de pena de substituição à prisão que é utilizada também durante a instrução do processo para monitorar o denunciado.
O dispositivo deve provocar constrangimento em quem usa, pois é como se disse à sociedade: “Esse é aí é bandido”. Talvez por isso, o ex-governador da Paraíba, Ricardo Coutinho, e outros acusados na operação Calvário estejam apelando, a todo custo, para que a justiça volte atrás na decisão de andarem “ferrados”.
Nesta quinta-feira (05), o Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou a Ricardo e seu asseclas o pedido para desafivelarem a tornozeleira eletrônica. A Ministra Laurita Vaz disse também que o “Mago” deve continuar se recolhendo a sua residência logo cedo da noite.
Penso, cá com os meus botões, que vexame maior, para quem deve a justiça, não é usar uma tornozeleira eletrônica atracada ao mocotó, mas ter que calçar sapatos sem meias... – Deve ficar um fedor de chulé danado.
Misael Nóbrega de Sousa
© Copyright 2018 - 2024 - Todos os direitos reservados - Painel de controle