07/01/2021 - 21:05 - Opinião
Genival Lacerda. Foto de divulgação
O forró “amatutado”, alegre, cheio de cor; perdeu a Graça, o encanto, Genival, desencarnou. Era 7, o dia do mês; no calendário, janeiro. Caímos todos em pranto quando a notícia chegou. Deu no “radinho de pilha”, que ele imortalizou. Agora é de verdade, que pena... É sim, “sinhô”!. O filho de Severina a ela se “ajuntou”; foi “simbora”, sumiu de vez, “assubiano” nos ares, “qu’nem” rojão de São João. Seu Vavá, todo florido, com aquele barrigão, olhando aqui para baixo, “se rindo” de nós “tudin”.
Não aguentou mais o fardo. Era triste vê-lo acamado sem o calçadão de Campina, cidade onde nasceu. Ali, ele conheceu: coco, xaxado, baião... foi de Jackson, um amigo; conviveu com Gonzagão... Escreveu, tocou pandeiro, ensinou e aprendeu... A Paraíba é um luto só, de tanto que tá sentida; ai, magoou a ferida... - Tem nada, não, seu “bichin”! Vivi até dizer chega! Caricato, popular, genial, Genival... Em cada palco, uma história; em cada esquina, uma canção. É de recife, afilhado; do carioca, parceiro; Genival é de todos nós; é do povo brasileiro...
Por Misael Nóbrega de Sousa
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