23/05/2021 - 20:30 - Opinião
"Sabe aquelas pessoas que fazem tudo para ser o centro das atenções? Para elas, não há limites quando o que está em jogo é atrair todos os olhares para si, receber elogios e ser um destaque absoluto. Quem tem o transtorno de personalidade histriônica é assim o tempo todo. Age como se a vida fosse uma eterna noite de estreia de um espetáculo de sucesso, onde espera aplausos calorosos. Para consegui-los vale chorar, desmaiar, vestir-se de forma extravagante, abusar da sedução e derramar as emoções como nos grandes dramalhões.
À primeira vista, o exagero emocional do histriônico parece algo feito de propósito. Como uma estratégia que ele usa para ser mais visto e reconhecido do que os outros. Mas isso não verdade. Ser o centro das atenções não é um capricho dele, mas uma necessidade vital como respirar. Quando fica em segundo plano, seu mundo desaba e ele sente que falta um chão para pisar. Por isso, não mede esforços para manter-se sempre em evidência.
O sofrimento no qual elas mergulham quando não são notadas faz com que tenham um humor instável e reativo.
Além do exibicionismo visual, ele fala de forma vigorosa, gesticula muito e expõe suas emoções de um jeito dramático, teatral, beirando o caricato. Também é conquistador, desinibido e tem a sexualidade à flor da pele, demonstrada inclusive em lugares inadequados, como o ambiente de trabalho. Ainda que pareça muito intenso, costuma ser emocionalmente superficial e percebe a realidade de uma maneira particular. Como o histriônico tem baixa tolerância à frustração, seus relacionamentos acabam não sendo muito tranquilos. Geralmente coleciona vários parceiros amorosos e não permanece muito tempo com nenhum deles, porque é movido à excitação.
Pessoas assim, importam-se com a opinião alheia. E muito. Apesar de parecerem seguras de si, no fundo são bastante sugestionáveis, vivem em busca de apoio e aprovação e têm medo de ser abandonadas. Por outro lado são impulsivas, têm aversão a críticas e seus discursos são vagos e difusos".
Qualquer semelhança com o nosso presidente da República não é mera coincidência.
Por Mísael Nóbrega de Sousa
Fonte: https://www.uol.com.br
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