09/09/2019 - 21:40 - Opinião
A 25ª edição do Grito dos Excluídos sugeriu, este ano, a discussão do tema: Este Sistema Não Vale – Lutamos por Justiça, Direito e Liberdade.
Para quem não sabe, o grito dos excluídos é um conjunto de manifestações populares que ocorrem desde 1995, durante a semana da Pátria, e que culminam com o dia da independência do Brasil, com o objetivo de abrir caminhos aos excluídos da sociedade, denunciar os mecanismos sociais de exclusão e propor alternativas para uma sociedade mais inclusiva.
Embora a iniciativa esteja diretamente ligada à Confederação Nacional dos Bispos do Brasil - CNBB, diversos organismos participam do movimento: as Igrejas do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs, Movimentos Sociais, Organizações e Entidades envolvidas com a justiça social.
Aqui em Patos, Paraíba, o movimento teve como ponto de apoio, a praça Getúlio Vargas, centro da cidade, onde foram realizadas atividades diversas, dentre as quais: acolhimento das pastorais sociais, feira da agricultura familiar, apresentações artísticas e culturais e caminhada pela parada cívica.
Faixas e cartazes retrataram temáticas de violência contra as mulheres: “Nenhuma ‘Ceiça’ a menos” – “Não é não” – “Mulher pode” – “Quebre o ciclo, denuncie a violência contra a mulher” – “Chega de abuso” – “Gritai pelos excluídos”. E nem precisou...
O silêncio em vigília, os passos de orgulho, o coração batendo no peito e o sonho de igualdade... - Representaram a mensagem mais marcante, ao pisar àquela avenida de olhos incrédulos.
E sob aplausos de uma sociedade vitimizada pelo desamor... - As mulheres passaram, resistentes... - Mas, também, sabedoras de que se fizeram entendidas – Juro que ecoava na consciência da plateia, o grito dos excluídos: “Sociedade, levante-se! Assuma seu poder! Não sufoque a si mesma... - Arma não lhes falta; informação, também não. Talvez, coragem! Mas, estamos firmes. Vamos! Ainda somos livres! Livres!”
Ao fim do dia, exaustas... - As combatentes, pegaram o medo que havia, enrolaram na bandeira do Brasil e renovaram as esperanças para o ano seguinte. Não há vitória sem luta.
Misael Nóbrega de Sousa
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