"É preciso cultivar nosso jardim."

 Campanhas filantrópicas são muito altruístas; agora mesmo está acontecendo uma da ONG Adota Patos, em parceria com o grupo Guedes, intitulada: "Eu sou do bem, seja você também".

 Essa mesma proposta aconteceu, na semana passada, quando beneficiou os meninos do programa de Equoterapia, com sucesso.

 Vez por outra, surgem mensagens nas redes sociais com apelos de ajuda para um ou outro necessitado.

 E nós? Fugimos de quase todas!

 Desconfiamos; achamos que nosso dinheiro não vai fazer tanta diferença; que o governo é que tem o dever de ajudar...

 Ignoramos, enfim. No máximo, compartilhamos! 

 Sabemos que há uma cruz sendo carregada nos ombros de cada um dos seres desse planeta.
O fato é: quão pesada ela é!?

 Não vou citar o exemplo bíblico da viúva pobre que deu a menor esmola, porém tudo o que tinha.

 Serei mais contemporâneo e menos dramático:

 88 milhões em dólares foram doados por uma bilionária brasileira para recuperar a catedral de Notre Dame.

 Se quis chamar a atenção, conseguiu. 

 Julgaram, alguns, que aquela dinheirama toda era um absurdo...

 Que ela poderia ter ajudado ao museu nacional, por exemplo;

 
Que poderia servir para aliviar os mais necessitados da África;

 
Que poderia ser doado para isso ou para aquilo...

 Porém, será que essa ricaça já não faz essas coisas, hein? E se não faz...

 Ao invés de olhar para o jardim alheio, cheio de inveja e indignação, que tal regar as suas próprias flores...

 Não vejo uma justificativa mais plausível para a existência humana que não seja a solidariedade.

 Se alguém pede é porque precisa... Às vezes, custa só um abraço.

Misael Nóbrega de Sousa